Ecumenismo é a
busca da unidade entre as religiões.
A definição
eclesiástica,
mais abrangente, diz que é
a aproximação, a
cooperação, a
busca fraterna da superação das divisões entre as diferentes Igrejas
Cristãs.
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| Manoel Lobo |
Tudo bem. Mas suponha que alguém
queira se tornar um cristão evangélico, como deve proceder para escolher a
verdadeira Igreja de Cristo? –
Afinal, são 20.000 igrejas. Isto
mesmo; vinte mil igrejas cristãs
evangélicas
espalhadas pelo Brasil. Todas dissidentes da Igreja de Roma, filhos de Lutero,
seguidores de Calvino que usam o mesmo Livro Santo e fazem leituras
diferentes...
Aí
entra um ponto
crucial: como conciliar, dentro do cristianismo, sobretudo do protestantismo,
diversas interpretações de um único texto? Não pode haver uma
diversidade hermenêutica para uma mesma frase contida no texto bíblico! Cada qual
tem a sua interpretação, sua afirmação; ninguém quer abrir mão da sua verdade! Quem estaria certo? E como reconhecer a verdadeira Igreja
do Cristo?
Não sei. Mas posso afirmar, biblicamente, que a
Igreja cristã foi
fundada pelo próprio
Jesus e seria construída em Simão Pedro (Mt. 16,17). Não
poderia ser dividida, teria um só
rebanho e um só Pastor.
O Mestre Jesus pediu a unidade de seus díssipulos e díssipulas, por diversas
vezes...
O mundo cristão precisa do ecumenismo e
da demonstração
concreta de que a paz é sempre possível; as Igrejas que se
agridem mutuamente prejudicam a pregação do evangelho aos que não crêem e perde a força
para defender a palavra de Deus. Será
de bom alvitre, portanto, tratar as outras Igrejas
como você gostaria
que tratassem a sua... É sadio participar das ações
ecumênicas,
cultivando atitude de boa vontade capaz de enxergar o que há de
bom em cada Igreja e lutar para que haja a unicidade cristã.
Os pais da
reforma protestante eram homens doutos e cultos; tinham acesso a obras de
grande peso na cristandade, dominavam línguas e eram
possuidores de garbosa cultura.
Lutero era um grande teólogo e Calvino tinha uma formação clássica. Se hoje
eles ressuscitassem milagrosamente, cairiam para trás ao ver a situação das igrejas por eles criadas e, muito provavelmente,
seriam chamados de idólatras e pagãos por seus irmãos e filhos que dificultam o ecumenismo cristão, construindo muros ao invés de pontes.
O ecumenismo se
concretiza na caridade ao próximo, mesmo que
este próximo sequer tenha uma fé; se concretiza no diálogo fraterno com irmãos cristãos e não-cristãos, inclusive,
com os que não têm religião.

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