O nosso Eduardo Campos hoje, será visível apenas através do olho vigilante da nossa memória. Ele está invisível, mas não ausente...
“É a cinza dos mortos que cria a pátria!..” E, na esteira destas considerações, Ernest Renan ajusta-me o sentido com esta exuberante afirmação: A pátria compõe-se dos mortos que a fundaram assim como os vivos que a continuam. Estar vivo não nos distingue radicalmente dos mortos, pois a longo prazo, todos nós estaremos mortos!.
“Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade. E por isso, nunca procuremos saber por quem os sinos dobram, eles dobram por nós...”
Um réquiem de saudade; uma permanente floração póstuma ao jovem político Eduardo Campos!
Que Deus apiede da sua alma e lhe receba em paz!
Manoel Lobo
Por Manoel Lobo
Advogado
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
sexta-feira, 13 de junho de 2014
Padre canta parabéns para pessoas com nomes de Antônio e Fernando
Pessoas com o nome de Antônio ou Fernando |
No final da missa em louvor à Santo Antônio, o padre Aristóteles da Silva, convidou todas as pessoas que se chamavam Antônio ou Fernando, para serem homenageados com os parabéns. As pessoas de nome Fernando também foram chamadas porque o nome de origem do santo casamenteiro antes de ir para a ordem religiosa era Fernando Martin e
Bulhões de Taveira Azevedo.
Clécia Azevêdo Rocha
Família Lobo celebra missa em louvor à Santo Antônio
Parte da família Lobo Benção dos Pães |
A
missa festiva, dedicada ao santo casamenteiro já é uma tradição que
dura há mais de 75 anos e vem passando por todas as gerações da família
Lobo. Segundo Antônia Lobo, filha do casal responsável em fortalecer a
devoção no município de Santo Estevão, além de rezar o trezenário e
celebrar a missa, a família também realiza um trabalho social, que é a
entrega de cobertores e roupas para famílias carentes de Santo Estevão,
uma vez que o mês de Junho se trata de um período de tempo frio para a
região.
Nelly
Lobo, também filho do casal Alaíde e Antônio Lobo, em entrevista para a
Rádio Paraguassu FM, ressaltou que uma tradição familiar jamais pode
acabar e ainda enfatizou que no momento da missa já tinham filhos, netos
e bisnetos.
Clécia Azevêdo Rocha
domingo, 8 de junho de 2014
HISTÓRICO E SAUDAÇÃO A SANTO ANTONIO.
Fernando Martin e
Bulhões de Taveira Azevedo.
Este é o nome de
SANTO ANTÔNIO. É ele mesmo. O Santo Franciscano, que atrai devotos no mundo
inteiro.
Santo Antônio de
Pádua ou Santo Antônio de Lisboa. A explicação para os dois nomes é simples:
Santo Antônio nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1195, e viveu
grande parte de sua vida na Cidade italiana de Pádua.
Único herdeiro da
família Bulhões, fez voto de obediência e pobreza, trocou o conforto da sua abastada
família burguesa, pela vida religiosa. Comportamento que só entendemos a luz da
fé.
A primeira etapa
de sua vida, ainda com 15 anos, viveu em Portugal como agostiniano e em Pádua
como frade da ordem de São Francisco de Assis. Em 1220 trocou o nome para
Antônio e ingressou na Ordem Franciscana,
na esperança de, a exemplo dos mártires, pregar aos sarracenos no Marrocos.
Após um ano de catequese nesse país, teve de deixá-lo devido a uma enfermidade
e seguiu para a Itália.
Professor de
Teologia, nas Universidades de Bolonha, Toulouse, Montpellier e Pádua, adquiriu
grande renome como orador sacro no sul da França e na Itália. Em todos os
lugares seus Sermões encontravam forte eco popular, pois lhe eram atribuídos
feitos prodigiosos, o que contribuía para o crescimento de sua fama de
santidade.
A saúde sempre
precária levou-o a recolher-se ao convento de Arcella, após uma crise de
hidropisia. Antônio morreu a caminho de Pádua em 13 de junho de 1231. Tinha
apenas 36 anos de idade. Foi canonizado em 13 de maio de 1232 (apenas 11 meses
pós sua morte) pelo papa Gregório IX.
“Exulta, ó feliz Lusitânia;
regozija-te, ó feliz Pádua, porque a terra e o céu vos deram um homem que, qual
astro luminoso, não menos brilhante pela Santidade da vida e pela insigne fama
dos milagres do que pelo esplendor da Doutrina, iluminou e continua a iluminar
todo o Universo!” - Com estas palavras, o Papa Pio XII, de santa memória,
iniciava a Carta Apostólica com que proclamou o Glorioso Santo Antônio, Doutor
da Igreja, em 16 de janeiro de 1946. Reconhecia o Pontífice à capacidade
daquele alvo lírio de pureza que perfumou a Ordem Franciscana com sua vida
inteiramente entregue à causa da evangelização, notabilizando-se em seus dias
como competente teólogo e notável pregador.
Versou o insigne Santo, Glorioso
Taumaturgo, sobre toda a Sagrada Escritura, tornando-se seus escritos fonte
perene de água límpida. O Papa Sisto IV o cognomina “astro luminoso que surge
do alto, com as excelentes prerrogativas dos seus méritos, com a profunda sabedoria
e Doutrina das coisas santas e com a sua fervorosa pregação”.
“Ó Língua bendita, que sempre
bendisseste o Senhor e fizeste que também os outros o bendissessem sempre; pela
tua conservação se compreende bem qual o teu mérito diante de Deus”. – Conclui
Padre Antonio Vieira sobre a sacrossanta língua de Santo Antonio.
Assim como o
Apóstolo Paulo, Santo Antonio também combateu o bom combate, cumpriu a sua
missão e não se afastou da Fé. Difundiu o Evangelho de Jesus pelos arredores do
Marrocos, Portugal, Itália e França.
Que os fiéis devotos peçam, por sua
intercessão, a graça de, da mesma forma, procurar, em seus atos, na sua conduta
e, principalmente, nas suas palavras, exercerem com destemor e dedicação a
missão confiada por Deus, de mensageiros de Cristo, assim como o foi o nosso
Santo Paduano.
Por todo exposto
nós o saudamos Santo Antonio!!!
Deus vos salve
Glorioso Antonio, restituidor das coisas perdidas; não permitais que nos
percamos no caminho da eterna salvação. Permita-nos o auxílio da graça. Amém.
Findo esta merecida saudação ao
Glorioso Antonio, permitam-me, também, historiar, a vida dos patronos desta
festa, na freguesia de Santo Estevão, para que a história não se pereça no
tempo...
PATRONOS DA
FESTA.
Antonio da Silva Lobo, nascido de uma
família conhecidamente religiosa, ainda moço, nos idos de 1930, tocado pela fé,
aceitou o chamado de Santo Antonio, para, doravante, patrocinar a festa em seu
louvor.
Nutrido de amor e devoção pelo Santo,
tornou-se a partir de então, o Patrono de Santo Antonio, na freguesia de Santo
Estevão.
A partir daí, todo dia 13 de junho, a
cidade tinha uma alvorada diferente... O foguetório iluminava os céus e
acordava os devotos para a Missa de Santo Antonio.
Antonio Lobo, tomado de êxtase,
vibrava com a garbosa missão de festejar o seu Santo e ver a Igreja cheia de
devotos, cantando e louvando o Lusitano. A festividade religiosa na Igreja
Matriz durava toda a manhã, como até hoje, encerrando com a grande Missa
celebrada pelo pároco da época.
Mas a euforia de Antonio Lobo em
louvar ao Santo, não parava por aí. Em frente a sua oficina de trabalho,
“Sapataria Caprichosa”, morava o casal, Almerinda, carinhosamente conhecida
como Dona Tiúla e o Velho Pompílho, pais de Alaíde, que também, devotos de
Santo Antonio, rezavam a “trezena” em seu louvor.
Para lá, então, dirigia-se Antonio
Lobo, para a derradeira noite da “trezena”, objetivando concluir as suas
orações e despedir-se dos festejos antoniano.
Numa dessas noites festivas na casa
de Dona Tiúla, fazendo jus a fama de Santo casamenteiro, eis que Antonio Lobo
enamora Alaíde e, em pouco tempo casaram-se, graças ao Santo protetor. Casados,
então, Alaíde e Antonio marcham juntos com a obrigação de patrocinarem,
doravante, os festejos antoniano.
Anos depois, Alaíde, ávida por
alcançar uma graça, faz uma promessa a Santo Antonio, de dar 13 roupinhas as
crianças necessitadas.
Cumprindo a promessa, Alaíde, tocada
mais uma vez pela misericórdia do Santo, pai dos pobres, prometeu não parar,
enquanto viva, a sua obrigação de vestir as criancinhas pobres dessa freguesia
e, aumentar a quantidade de doações, ano a ano, proporcionalmente. - Mais um
milagre do Santo é visível; as doações aumentaram tal qual a multiplicação dos
pães...
Tudo isso se tornou possível, porque
Antonio e Alaíde acreditavam que a família era a base e fundamento da
sociedade, transcendendo a qualquer partido político, sociedade, associação ou
a qualquer outro gênero de agrupamento humano. A família é constituída por
relações de amor! Está na origem de tudo. - Esta era a forma de pensar de
Antonio e Alaíde Lobo.
Sabedoria
e conhecimento não são sinônimos. Antonio Lobo detinha a sabedoria
adquirida ao longo da vida, em consonância com a experiência advinda de outras
gerações que desconheciam o glamour temporal, mas nunca se afastou dos valores
éticos e morais. Debruçava sempre sobre o rígido modelo de caráter, por
entender que o caminho para a moralidade não permitia atalho.
Rendo-me, pois, a sabedoria popular
daqueles que o destino pôs distante das Universidades, mas, em contrapartida,
lhe deu o saber mais sagrado e eficaz, traduzido na simplicidade. A falta do
transcendentalismo teórico e literário foi substituída por ação, decisão,
cuidado e responsabilidade pelo que se passa em sua volta, sobretudo com a sua
prole e dos que dele dependem.
Hoje completa 75 anos a devoção de
Alaíde e Antonio Lobo, testemunhada e celebrada até aqui, por notáveis
Sacerdotes: Principiado na década de 30 por Padre Firmo, seguidos pelos Padres:
Odulfo, Fernando, Agenor Birne, José Waldir e Nery. Hoje os Padres Aristoteles
e Luciano Curvelo são os timoneiros dessa embarcação santa.
Como afirma o Livro Sagrado de
Eclesiastes, tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião.
Tempo para plantar, tempo para colher; tempo para nascer e tempo para morrer...
- Chegou também para Alaíde e Antonio, esperados e acolhidos com fé, a hora de
passar deste mundo para o mundo Celestial.
Para falar ao vento bastam palavras;
para falar de amor e caridade são necessárias obras... Com certeza, eles estão
em paz, cônscios do dever cumprido, amparados por Santo Antonio, na Casa do
Senhor, nos aguardando para retomarmos o diálogo interrompido.
Herdamos deles,
pois, um grande legado; os seus ensinamentos foram aprendidos e estão sendo
repassados de maneira fidedigna para seus netos e bisnetos, com o objetivo de
ter continuidade e não deixar fenecer a vontade dos protagonistas deste evento.
Acreditamos,
também, como milagre do Santo restituidor das coisas perdidas, não permitir que
nos percamos no caminho da obediência, da unidade familiar e, sobretudo, da fé.
Os nossos pais
nos marcaram pela demonstração de fé. Viveram movidos pela fé em Santo Antonio
e pela fé em Deus. Eles foram heróis anônimos da fé cristã, sem precisar deixar
a família e partir para o campo missionário.
Com certeza eles
estão em paz e felizes por saberem que seus filhos se mantêm no caminho da fé e
da caridade cristã, conforme seus desejos.
VIVA A SANTO
ANTONIO!!!
Manoel Lobo -
2014
terça-feira, 27 de maio de 2014
Egoísmo
Egoísmo é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, suas opiniões, seus desejos e suas necessidades em primeiro lugar, em detrimento das demais pessoas com quem se relaciona.
Não sabemos, ao certo, se o egoísmo é uma característica natural humana ou se éum hábito adquirido, como um vício ou desvio de conduta moral da pessoa. O egoísmo é inerente do ser humano; é uma das maiores características do ser pensante, HOMEM.
E porque não dizer que o egoísmo é um vício! Viciado é todo aquele que perde o comando da sua mente. Que não consegue fazer valer a sua vontade real. Que se sente dominado, aprisionado a determinadas condutas. Sempre que buscamos analisar o vício, nos deparamos com o egoísmo.
Existem muitos tipos de egoísmo: dentre eles podemos ressaltar o individual, o social, o político, o religioso e o econômico. Mas como egoísmo é uma palavra muito forte e muito feia, ninguém aceita ser chamado de egoísta, e sempre terá um bom argumento para justificar suas atitudes egoístas.
Infelizmente, hoje o egoísmo passou a ser o principal modo de ação de inúmeros indivíduos que não tiveram um bom exemplo de família ou carecem de formaçãoética correta. Dom Eugênio Sales leciona: "O egoísmo coloca o bem-estar pessoal acima dos deveres conjugais e da felicidade dos filhos. Certamente muitas separações seriam sustadas, divergências superadas, reconciliações obtidas se o fantasma do egoísmo não existisse”.
“O egoísta ri quando seus apegos e desejos são satisfeitos e, na mesma medida, se deixa abater com o que não gosta. Atrás de tudo há um ego querendo poder, prazer e status. O resultado é uma desgraceira geral. Só podemos vencer essa doença por meio da “humildação”. Quando nos humildamos, reduzimos o ego e ficamos mais pertinho uns dos outros”. Manoel Lobo
quarta-feira, 14 de maio de 2014
SABER OUVIR
Saber
ouvir é tão importante quanto saber falar.
Ainda que eu fale a língua dos homens
e dos anjos, se eu não souber ouvir, nada serei... Posso falar bem
didaticamente, ser bem articulado, possuir retórica de excelência e notável
eloqüência; mas se eu não souber ouvir, eu nada terei...
Saber ouvir é garantir a interação
com seu interlocutor, assegurar o seu comprometimento e dar identidade a outra
pessoa.
MANOEL LOBO |
Muito
se fala como devemos nos expressar para garantir uma ótima comunicação. A
comunicação é uma via de mão dupla e consiste em saber conversar. Conversar é a
arte de saber ouvir e mostra-se nobre. Quem ouve, sabe falar com inteligência
sem impor seu ponto de vista, mostrando que a arte de conversar
consiste na arte de saber ouvir.
Aquele que sabe ouvir é
verdadeiramente sábio; possui discernimento e bom senso; sobretudo, para
harmonizar-se com os seus iguais, acumular informações e aplicar de forma
competente, comprometido com a ética.
Aquele que não
sabe ouvir, em regra, possui o hábito ou a atitude de colocar seus interesses,
suas opiniões, seus desejos e suas
necessidades em primeiro lugar, em detrimento das demais pessoas com
quem se relaciona.
Os que não sabem
ouvir, logo verão que seus subordinados e amigos, desistirão de lhes falar,
pois não adianta falar com quem não quer ouvir. Vivem na ignorância dos fatos e
dos acontecimentos; ficam isoladas e tomam decisões cada vez mais erradas.
Ouvir é um
exercício de humildade e polidez que todos deveriam desenvolver desde criança;
humildade inclusive, para reduzir seu
ego e ficar mais pertinho dos outros.
Quem não ouve,
finge ter crença, virtude, idéia e sentimento que na verdade não possui. Vive
no meandro da hipocrisia e do egoísmo, que não lhe permite ouvir outra voz que
não seja a sua. São homens que já nasceram póstumos.
Manoel Lobo
sábado, 10 de maio de 2014
Mãe - amor imortal
Maio é um mês especial. Mês de Maria,
mês das mães!..
A filosofia e a teologia, por mais
que se confundam, para nós cristãos, Maria se faz sempre presente. Sobretudo na
certeza de Ela está diante de seu filho a interceder por nós, para que sejamos
dignos de herdar as suas promessas, de vermos a face de Deus, no resplendor do
seu Unigênito Cristo Jesus.
Neste dia das mães, quero agradecer a
Deus pelo amor extraordinário que brotou no coração de todas as mulheres, de
todas as mães. Sou agradecido também, pelo amor solidário da minha mulher,
Tânia, que foi capaz de amar, mesmo sem ter gerado, através da adoção e da
voluntariedade... Ela gerou com o útero do coração, Danielly e
Janaina; e a minha sogra Valquíria, que por ser mãe, pôde dar-me a sua filha, para ser mãe das minhas... |
Minha mãe, Alaíde, que hoje canta o
cântico dos anjos com a mãe de Jesus, lembrarei o seu dia com um réquiem de
saudade... Disse um dia o poeta: Deus não devia permitir a que as Mães fossem
embora. Mãe não tem limite, é tempo sem hora; luz que nunca apaga quando o
vento sopra... Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça, é eternidade. Mãe não morre nunca. Mãe fica para sempre;
fica encantada.
Deus
nos dá pessoas e coisas; coisa, sim, é pra usar por determinado tempo. Pessoa,
não. Principalmente quando a pessoa é mãe.
Mentira que o tempo cura tudo! Aliás, o tempo não cura nada; o tempo
apenas tira o incurável da nossa cabeça e manda a saudade visitar nosso
coração...
Saudade tem sido um sentimento
constante em minha vida. Mas sempre tem um período que a gente está mais
vulnerável a um sentimento maior... Agora por exemplo, mês consagrado as mães,
a saudade se avoluma quando vejo os filhos indo aos Shoppings comprar presente para
o Dia das Mães.
Na impossibilidade, escrevo. Escrevo,
para trazer pro papel o que não me cabe dentro do peito. Quisera ser mais
artista, mais retórico e mais poeta, para colorir com palavras o que diz meu
coração e deixar eternizado o que há de mais sincero dentro de mim para
expressar o meu amor e o meu agradecimento por ter tido uma mãe extraordinária
chamada Alaíde Lobo. Ainda que não acalente mais meu convívio, ela está viva
dentro de mim. Sinto que de onde está ainda pode me nortear por veredas santas...
Ela está invisível, mas não ausente; pois a vejo com os olhos do meu
coração.
Feliz Dia das Mães, mãe.
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